Pesquisa de análises da obra Memorial Darcy Ribeiro, "Beijodromo", de João Filgueiras {Lelé} (SUBPROGRAMA 2015-2017)

(*Memorial Darcy Ribeiro, "Beijodromo", de João Filgueiras {Lelé})
Tanto pode lembrar um disco voador (o lado empreendedor de Darcy Ribeiro), quanto uma maloca indígena (o lado antropólogo) - assim Lelé define o Memorial erguido na UnB, um projeto que reflete a dicotomia entre o passado e o modo de ser de Darcy.
Foi o próprio Darcy Ribeiro quem incentivou Lelé a aprender como os índios construíam. Partindo do princípio de que a concepção estrutural de um prédio é fundamental, Lelé estudou a forma primitiva e intuitiva com que os índios Xinguanos construíam as suas cabanas, desenvolvendo uma tecnologia passada de geração em geração. "A cabana dos índios é uma coisa linda. Possui ventilação, até um shed como esses que utilizo em meus trabalhos. Tem uma cumeeira por onde sai o ar quente", explica Lelé. "No projeto da Fundação Darcy Ribeiro, a grande cobertura tem um sentido um pouco disso, pode-se interpretar tanto como uma nave espacial quanto como uma cabana indígena. Depende da sensibilidade de quem vê. Não que eu tenha pensado em fazer isso. O que queria resolver realmente era a questão de um espaço que todo mundo dominasse, exatamente como Darcy sempre foi: ele interagia com todo mundo. Nada como uma forma circular para criar esta unidade espacial", conclui.
Do primeiro desenho às propostas futuras, houve pequenas adaptações. Logo no começo do projeto, Darcy Ribeiro pediu a criação de um beijódromo. "Um espaço ao ar livre, na grama, nos degraus - um espaço bem a gosto de Brasília, em que podia fazer seresta, as pessoas poderiam estar em volta se beijando, namorando. Para uso noturno, principalmente", explicou Darcy Ribeiro. Lelé, então, situa o beijódromo do lado oposto ao acesso principal, um anfiteatro ao ar livre distribuído na encosta de uma elevação ajardinada contornando parcialmente o lago.
O que a matriz diz sobre essa obra?

A relação com formas e expressões da cultura brasileira, ressignificadas, pode ser encontrada em obras como Painel de azulejos da FE/UnB, feito por Luis Humberto Martins Pereira, ou o Memorial Darcy Ribeiro, “Beijódromo”
 É importante reconhecer as contribuições resultantes de conhecimentos produzidos por povos e culturas tradicionais, a exemplo de quilombolas, ribeirinhos e indígenas, como pode ser observado na manifestação cultural brasiliense Seu Estrelo e fuá de terreiro, e na música Monólogo ao pé do ouvido/Banditismo por uma questão de classe, de Chico Science, representante do movimento Manguebeat, assim como o Memorial Darcy Ribeiro, “Beijódromo”, do arquiteto José Filgueiras “Lelé”
O uso de números complexos e do plano de Argand-Gauss permite desenvolver representações mais ágeis do espaço e de alguns campos estudados na Física. A associação de vetores a números complexos, principalmente, na forma polar, permite operar com eles de forma mais prática, facilitando o processo de cálculos inerentes ao estudo desses campos. Por outro lado, a ideia de campo que se pode associar às coordenadas polares permite pensar na organização do espaço em uma perspectiva para além da cartesiana, gerando, ainda, a necessidade de adaptação da mente a diferentes formas de representação do espaço, como pode ser observado na estrutura do Memorial Darcy Ribeiro, “Beijódromo”, de José Filgueiras “Lelé”.
As representações gráficas possibilitam interpretar os aspectos energéticos das reações químicas e da solubilidade em água. Permitem, ainda, o estudo das curvas e das figuras planas em seus aspectos analíticos, as construções geométricas no plano, além dos conceitos de paralelismo e perpendicularismo. Nesse sentido, torna-se relevante também perceber a construção do espaço presente no Memorial Darcy Ribeiro, “Beijódromo”, de José Filgueiras “Lelé”, assim como a divisão do plano na pintura Norte e Sul, de Torres García.
A história da construção de Brasília e reflexões sobre seus espaços arquitetônicos podem ser exemplificados com o Memorial Darcy Ribeiro, o “Beijódromo”, de José Filgueiras “Lélé”...
De forma semelhante, a ideia de personagem é amplamente repensada e questionada neste período. Pode-se observar que o texto não traz nomes de personagens, mas dos atores que compunham o elenco original. Para subsidiar reflexões a respeito dos princípios positivistas, pode-se utilizar a obra Memorial Darcy Ribeiro, “Beijódromo”, de José Filgueiras “Lelé”. Assim como tais princípios se relacionam com a ideia de neutralidade do campo da ciência

 Diferentes estruturas podem ser observadas nas diversas ciências, como o tratamento de problemas do espaço, destacando-se a localização de pontos, retas e circunferências por suas coordenadas ou equações, inter-relacionando-as. A comparação da estrutura dos números reais com a dos números complexos permite estabelecer as necessárias congruências exigidas pela evolução do conhecimento matemático diante das necessidades do desenvolvimento tecnológico. A forma de organização desses elementos (pontos, linhas, curvas) no espaço delineia uma imagem e, consequentemente, as características de um movimento artístico, como é o caso da obra Beijódromo...
Na obra Beijódromo, há diversas possibilidades para perceber e refletir sobre transformações estéticas.
Sobre as obras de arte, deve-se considerar a expressão por meio de diferentes gêneros. Nas manifestações artísticas contemporâneas, há o questionamento sobre temas e modos de expressão e representação, possíveis de se verificar na instalação Tropicália, de Hélio Oiticica, na construção do Beijódromo, de José Filgueiras “Lelé.

Bibliografia:
http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/206/no-memorial-darcy-ribeiro-em-brasilia-lele-adota-planta-circular-214801-1.aspx

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