Pesquisa de análises da obra Quem matou Herzog?, de Cildo Meirelles (SUBPROGRAMA 2015-2017)

(*Obra de Cildo Meirelles, Quem matou Herzog?)

(*Jornalista, Vladmir Herzog, morto durante o período de ditadura militar no Brasil)

Quem matou Herzog? (1975). Nos anos de censura, medo e silêncio que se seguiram à promulgação do AI-5 (Artigo Institucional - 5), Cildo Meireles destacou-se pelo seu trabalho em carimbo em notas de um cruzeiro. Com a mensagem explicita, Quem matou Herzog? (Vladimir Herzog foi um mártir da ditadura militar), e anônima, mostrou sua visão da arte enquanto meio de democratização da informação e da sociedade - motivo pelo qual costumava gravar em seus trabalhos deste período a frase: “a reprodução dessa peça é livre e aberta a toda e qualquer pessoa”, ressaltando a problemática do direito privado, do mercado e da elitização da arte. No caso da obra Quem Matou Herzog? (1975), Cildo Meireles carimbou várias notas de de um cruzeiro com a frase: “Quem matou Herzog?”.

Vladimir Herzog era um jornalista militante do Partido Comunista Brasileiro que foi chamado pelos militares para um interrogatório e nunca mais voltou. Segundo os militares ele havia se suicidado, mas estava bem claro que ele havia sido torturado até a morte.Com a pergunta carimbada nas notas, Cildo fez com que sua indignação e seu protesto passasse de mão em mão sem sofrer qualquer tipo de repressão.
O que a matriz do PAS diz sobre essa obra?
A complexidade dessa relação entre estética, ética e política pode também ser percebida em obras de arte como Deuses de um mundo moderno, de José Clemente Orozco, painel Guerra e Paz, de Cândido Portinari, Guernica, de PabIo Picasso, e Quem matou Herzog, de Cildo Meirelles. Questões sobre o indivíduo e a participação política podem ainda ser evidenciadas pela análise dessa obra, sendo possível provocar uma sensibilização.
O estudo da constituição dos estados nacionais (europeus, asiáticos, africanos e americanos), com atenção especial ao Estado brasileiro, pode ser auxiliado com o texto teatral Liberdade, Liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel. A obra apresenta e problematiza discursos, músicas e eventos que marcaram a história brasileira e mundial, sob a perspectiva da ideia de liberdade, utilizando-se de personagens fictícios e históricos. Dentro dessas abordagens, pode ser estabelecido um diálogo com Guernica, de Pablo Picasso, Guerra e Paz, de Portinari, Quem matou Herzog, de Cildo Meireles.
Outras reflexões em relação ao cenário brasileiro podem ser despertadas com a obra Quem matou Herzog, de Cildo Meireles, que faz uma crítica à censura durante a ditadura militar.
Bibliografia:

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4 comentários

  1. muito obrigada. está me ajudando muito a estudar

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  2. Por nada, ficamos muito feliz que nossa tentativa de ajudar não estava sendo em vão! Sentimos muito por não podermos fazer muito mais que isso, também estudamos e esse semestre foi corrido. Se precisar de ajuda, contate-nos pelo inspiresenasobras@gmail.com e podemos te enviar alguns materiais.
    Atenciosamente,
    Equipe do Inspire-se nas obras.

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  3. Vocês são incriveis, parabéns pela iniciativa, esse site tem sido muito útil ❤

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  4. Parabéns pela iniciativa! Fico muito feliz por saber que existem pessoas que se esforçam para que o nosso esforço seja recompensado ❤

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